Dei
meus primeiros passos sobre os projetos, espalhados pelo chão de nossa
habitação por meu pai, do que seria uma nave-mãe gigante. Sua profissão era
compreender essas coisas e projetar as imensas Dantamas (naves-mães) para a
grande casa de comércio nodiana de Vonner. Meu pai ficava longe de casa por
longos períodos e morava com colegas e milhares de técnicos na nave
especializada em construções e consertos chamada Gayloreena, que por milhares
de anos terrestres orbitou nosso planeta natal Vitron. Este planeta é
aproximadamente 84 vezes maior que a Terra, sendo o único planetoide do radiar
Ampt.
“Em
tempos de mentiras universais, apenas dizer a verdade se torna um ato
revolucionário”. George Orwell
“Tenho
visto as passagens silenciosas das Naves Mães pelos Sóis duplos. Desde a tenra
idade, na juventude, Ansiei para viver dentro de sua concha protetora e passar
meu tempo de lá estar, à medida que você viaja pelos caminhos das distantes e
eternas estrelas”. Eu Sou Mocalar de
Vitron.
Este,
como o planeta Júpiter em seu sistema, orbita um sol central; esse sol se chama
SOST, sendo o sol ao qual vocês se referem como estrela POLARIS. O radiar AMPT
é tão gigante e brilhante que parece ser uma estrela secundária orbitando
SOST/POLARIS. Assim, o sistema é erroneamente classificado na Terra como
sistema estelar binário. Os outros onze planetas do sistema Sost descrevem
órbitas ao redor do sol central como a Terra orbita seu sol, então, esses corpos
podem ser certamente denominados planetas [da palavra grega planetes —
“errante” – W.B.].
Acima: A estrela/Sol
POLARIS, popularmente conhecida como Estrela POLAR, é a estrela mais brilhante
da constelação chamada Ursa Menor. Esta estrela é o SOL SOST, onde está situado
o PLANETA NODIA. A estrela POLARIS/SOST é uma das estrelas pertencentes a
constelação da Ursa Menor que no correr dos séculos vem sendo usada na Terra
para nortear os navegantes, desde os tempos das descobertas de Colombo e
Cabral, pois é uma estrela fixa, a que determina o NORTE. A estrela apontada
como Polaris-A é o SOL SOST, que é orbitado pelo planeta NODIA e Polaris-Ab
seria o radiar AMPT, onde orbita o planetóide VITRON, cerca de 84 vezes MAIOR
do que a Terra… Vistos da Terra a proximidade de ambos (SOST e o Radiar AMPT)
faz com que os nossos astrônomos pensem que sejam um sistema de sóis duplo.
Créditos da foto: NASA, ESA, HUBBLE Space Telescope-N.Evans e H.Bond.
{Nota do Autor, Wesley H. Bateman: A descrição
a seguir de uma nave-mãe extraterrestre foi telepaticamente narrada por Mocalar
de Vitron, um ancião muito sábio. O fato dele ser cego causou-me dificuldades
físicas durante esta sessão telepática. A situação foi sanada pela assistência
telepática de Dastremerkit de Vitron, que me relatou os pensamentos de Mocalar.
Expressarei (exprimirei) essas informações com algumas de minhas próprias
palavras para evitar a necessidade de interpretação do estilo de pensamento do
transmissor. Wesley H. Bateman, o Autor, Telepata da Federação Galáctica.}
Vida
após vida eu, Mocalar de Vitron da Casa de Comércio de Vonner, permaneci e
trabalhei em muitas naves-mães grandes, tanto em sua construção como operação,
Em muitas ocasiões, ofereci-me como voluntário para participar da exploração de
destinos de portões estelares nunca tentados. Isso significa que ninguém podia
prever em que ponto do universo tal jornada acabaria, ou que perigos poderiam
existir do outro lado do portão. Foram tempos de muita aventura para mim e meus
corajosos amigos. A frase “nit mittrac” (nós dobramos) ainda me aquece o
sangue.
No
início dos tempos, as naves-mães e outros tipos de espaçonaves eram projetadas
para executar tarefas específicas, de maneira que possuíam atributos
individuais que acabávamos por apreciar e desfrutar. As pessoas desenvolviam
sentimentos pelas várias naves e lhes davam nomes com afeição sincera.
Atualmente fazem-se todos os esforços para produzir condições de vida que sejam
confortáveis, contudo muito utilitárias. Acabaram-se a arte refinada e os
espaços grandiosos que vem à mente quando nos lembramos das antigas naves-mães.
As mudanças que aconteceram na nave-mãe atual se deveram ao aumento do número dos
que buscam os caminhos do lado sombrio (os seres que tentam dominar todas as
culturas planetárias possível são das trevas). Esse aumento traz um aumento do
perigo, pois esses veículos representam para eles alvos para destruição.
Um
sem-número das naves-mães de hoje são apenas cascas com tripulação mínima.
Essas naves são projetadas para ocupar (ligar-se em) portões estelares (Um
portal estelar próximo de nosso sistema solar é a estrela ARCTURUS, da
Constelação de BOOTES {Boieiro} visível logo abaixo da Constelação de Virgem)
impedindo que sejam usados por aqueles que causariam estragos (dois objetos não
podem ocupar o mesmo espaço).
Acima: A Estrela/SOL
Alpha Bootes conhecida como ARCTURUS é a estrela mais brilhante da constelação
do Boieiro (Boötes), o Pastor. Ela é a quarta estrela mais brilhante no céu
noturno da Terra. Pertence à classe K do sistema de classificação estelar
proposto por Anne Jump Cannon. O diâmetro de ARCTURUS é de aproximadamente
22.101.000 km, o que corresponde a 30 vezes maior que o do nosso Sol e 1.733
vezes maior do que o planeta Terra, a sua temperatura superficial chega aos
4300 Kelvin (aproximadamente 4000 °C). É considerada como uma das estrelas que
mais tende a durar (cerca de 9,3 bilhões de anos) devida a sua magnitude média
(magnitude aparente de -0,04 e uma magnitude absoluta de 0,2). É considerada
atualmente como uma média alaranjada. Está cerca de 33 anos-luz do nosso
sistema solar e é uma das estrelas mais (a quarta) brilhantes no céu terrestre.
Essas
naves também atuam como portos para pessoal militar em trânsito, locais de
muitos tipos de administração, vários tipos de instalações para treinamento,
depósitos e fazendas, bem como instalações para consertos e produção. Milhares
de naves menores, projetadas exclusivamente para a guerra, são armazenadas e
mantidas em inúmeros pavimentos.
Esses
tipos de atividades e ocupações forçadas (indesejadas) inevitavelmente
desagradam os elohins. A energia física e espiritual despendida para produzir e
manter tal nave-mãe é considerável, sendo assim perdida pelas correntes
positivas de vida. Aguardo a época em que venha a paz universal e essas naves
ostentarão, pela primeira vez, revestimentos de muitas cores e suas passagens e
pavimentos serão decorados uma vez mais com as belas artes.
Como
disse a nave-mãe de hoje, tanto da Federação como das casas de comércio, nada
tem de extraordinário. Seria preciso procurar muito tempo para encontrar
qualquer diferença individual em suas características externas ou internas,
exceto por seus sistemas de propulsão, que são continuamente aperfeiçoados, em
relação ao tempo de construção do veículo. Seria um prazer descrever uma
nave-mãe do modelo antigo, uma que, durante suas primeiras jornadas, teria
pouca chance de encontrar as do “outro lado da roda da vida,” isto é, aqueles
que, na época atual, espreitariam tanta beleza e a reduziriam a ruínas (os
seres das trevas).
Acima: uma perspectiva do
tamanho relativo entre as estrelas/sóis Arcturus, Pólux (Alpha de Gêmeos),
SÍRIUS e o nosso Sol (HÉLIUS), o gigante planeta Júpiter (um pixel) fica quase
invisível de tão pequeno comparado aos sóis e a Terra desaparece.
A
NAVE-MÃE BONANGREL
A
nave-mãe Bonangrel foi construída pela casa de comércio nodiana de Vonner há
cerca de seis milhões de anos da Terra. Ela existe e funciona hoje como no
tempo em que deixou seu local de criação. A Bonangrel recebeu seu nome do conto
infantil do “El,” que não conseguia cantar a Canção da Criação com os outros
elohins, porque sua harpa se quebrara. Devido a esse problema, ele criou a arte
de assobiar música e ensinou os pássaros do universo a se comunicar dessa
maneira. Nossa conversa telepática (com Wes Batemann autor do Livro) começou há
vários dias terrestres, quando me encontrava em meu mundo natal de Vitron.
No
momento em que retomamos nossa conversa, estou a caminho da nave-mãe Bonangrel,
atualmente orbitando o radiar Epeck num grupo estelar muito distante tanto de
Vitron, quanto da Terra. Está catalogado pela Federação como o Sistema de Cinco
Estrelas. Daqui a pouco, usarei meu tempo futuro de vida no interior da
Bonangrel. De preferência antes que qualquer um de nós tenha de se separar uma
vez mais deste laço agradável.
O
casco atual da Bonangrel tem 724 km de diâmetro (distância em linha reta entre
São Paulo e Porto Alegre) em seu ponto mais largo, na horizontal, e 297,6 km de
altura na vertical. Mesmo assim, seu tamanho global é aproximadamente 12% menor
do que o da maior nave-mãe já construída na Federação (810,88 Km de diâmetro).
O arcabouço básico (de 41,8 km de largura por 7,2 km de altura) e o sistema de
propulsão dessa gigante levaram cerca de 32 anos terrestres para serem
construídos, enquanto orbitava Vitron.
Durante
esse tempo de construção, centenas de naves de tamanho menor e igual eram
também construídas em órbitas vitronianas vizinhas. Existem agora milhões e
milhões desses radiares para a construção de espaçonaves localizadas por toda a
área do Universo afetada pela Federação.
Grandes
naves-mães podem ser construídas apenas em órbita ao redor de radiares, onde
não perturbem as forças gravitacionais do sistema, o que aconteceria se fossem
construídas numa órbita planetária. De fato, muitas naves-mães grandes são
proibidas de operar em alguns sistemas solares para evitar rupturas das órbitas
planetárias (em especial, mudanças drásticas no clima de um planeta e nas marés
dos oceanos). Os radiares do sistema solar no qual vocês vivem, chamados
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, podem facilmente acomodar grandes naves-mães
em órbita. SATURNO é o porto mais propício de todos.
Estas
fotos dos anéis de SATURNO em infravermelho comprovam a veracidade do
testemunho de Mocalar de Vitron, pois é possível de se ver várias e imensas
Naves Mãe gigantes (assinaladas pelas setas) com formato cilíndrico
“camufladas” DENTRO dos anéis do planeta gasoso gigante. Fotos em infravermelho
tirada pelo telescópio Hubble/NASA.
COMO
AS NAVES-MÃES VIAJAM DENTRO DE UM SISTEMA SOLAR:
Uma
frota de naves-mães pode entrar num sistema solar se empregar a técnica chamada
de atração solar lenta. Depois de entrar na lente solar do sistema, elas cortam
sua própria força propulsora e permitem que o sol central do sistema as atraia
em sua direção. Antes de a frota entrar muito fundo na lente solar e/ou antes
de atravessar a órbita solar de qualquer planeta, as naves acionam sua
propulsão e retornam à borda externa do sistema, onde permitem que o processo
se repita várias vezes. Nesses períodos, veículos menores podem visitar os
planetas internos e retornar à sua nave-mãe depois de concluírem suas missões.
“A
frota de naves-mães da Federação ocupa-se atualmente de tais operações no
sistema solar (O NOSSO) no qual você vive“
Saiba
(e veja) mais sobre a frota federação em:
Depois
que o arcabouço básico e o sistema de propulsão da Bonangrel foram totalmente
construídos, a nave entrou em serviço. Com o passar do tempo, a nave foi sendo
ampliada aos poucos até atingir seu tamanho atual. As ampliações progressivas
foram graduais, sendo conduzidas em numerosas instalações de construção de
Vonner localizadas por toda a Federação.
Ao
nos aproximarmos da Bonangrel temos uma maravilhosa experiência visual. Suas superfícies
externas são cobertas por murais em alto relevo e detalhes que contam a
história do El com a harpa quebrada. Esses murais, bem como outros tipos de
informações escritas, são deslumbrantes, visto terem sido formados por
quilômetros de pedras preciosas e esmaltes metálicos cozidos intensamente na
radiação de milhões de estrelas e radiares visitados pela espaçonave em sua
longa existência.
Esses
esmaltes metálicos contêm um registro molecular das emissões espectrográficas
de todas as estrelas ou radiares que uma vez lançaram sua luz na superfície do
veículo. Portanto, entre os materiais que compõem o revestimento da superfície
da nave encontra-se o padrão espectral de todos os sistemas solares já
visitados pela nave no universo. A energia psíquica consumida para criar essas
imagens maravilhosas vai além da capacidade de cálculo e descrição de qualquer
um.
O
tempo gasto para percorrer muitas galáxias para alcançar uma nave-mãe pode ser
considerado curto se comparado ao tempo que se pode levar para uma nave
visitante obter permissão para entrar no interior de uma Nave Mãe. Antes de
receber permissão, é emitida uma ordem à nave visitante para se manter à
distância ou uma ordem para afastar-se da área. A nave visitante, tripulação,
passageiros e carga são “revistados” pelos que possuem a capacidade de
vasculhar mentalmente o recém-chegado veículo em busca de qualquer coisa que
possa causar ruptura na função da nave-mãe ou perturbar a harmonia espiritual
(wa) dos ocupantes da nave (os ocupantes de uma Nave Mãe podem chegar aos
milhões).
Esse
procedimento se assemelha à uma vistoria na alfândega, que seria feita na
Terra, em qualquer um que entrasse num país soberano proveniente de outro.
Depois que a nave visitante é mentalmente vasculhada, os que estão aguardando
começam a ter notícias do Monitor Zero da nave-mãe. Nos bastidores, pode-se
entrar em contato com a Casa de Vonner, com a própria Federação (mas isso nem
sempre acontece) para discutir questões suspeitas que possam ter surgido
durante a revista da nave visitante. Essas suspeitas podem ser postas de lado e
não mais questionadas se forem decididas por uma “luz favorável de orientação
divina” obtida pela Federação por uma pessoa que atingiu o mais elevado nível
de percepção extra-sensorial (“o pensamento infinito/Deus”).
Para
receber qualquer tipo de instrução telepática da nave-mãe, todas as
comunicações telepáticas de dentro da nave visitante devem ser temporariamente
suspensas. Se for concedida permissão para entrar na nave-mãe, orientações e instruções
tanto sobre como atracar quanto sobre como entrar num porto de energia serão
fornecidas pelo Monitor Zero, ou por alguém designado pelo Monitor como
autoridade. A nave na qual estou viajando atualmente será rapidamente liberada
e encaminhada para o “pavimento Vonner” da Nave Mãe Bonangrel.
Esse
pavimento recebe apenas naves transportando funcionários e dignatários da
Federação e pessoal das Casas de Comércio de Vonner, Cre’ator e Domphey. Essas
pessoas recebem as boas-vindas com honrarias de um grupo diplomático versado em
todos os idiomas e costumes conhecidos da espécie humana, em geral liderado por
um Alto Senhor de Planejamento de Casa de Vonner, que tem autoridade para dar a
palavra final para a casa de comércio.
No
caso da Bonangrel, o Alto Senhor que nos dará as boas-vindas será um amigo: o
nodiano, Roke-Seralain, cópia de Senhor 2.993.00 da Casa de Vonner. Os
visitantes serão indagados se desejam oferecer pessoalmente opiniões e
aconselhamento em relação a qualquer tipo de questão que possa surgir durante
sua permanência na nave. Alguns aceitarão essa honra e outros sejam lá por que
motivos irão declinar. Alguns dos que chegaram a bordo de nossa nave visitante
não sairão dela porque terão dificuldade em respirar a atmosfera de tipo rad da
nave-mãe.
A
atmosfera RAD pode ser inalada por todos, mas é difícil para alguns se
adaptarem a ela. Alguns dos que apresentam esse problema podem voluntariamente
passar pelo desconforto temporário da mudança para a atmosfera rad, caso sua
permanência dentro da nave-mãe vá ser longa. Fora ficar de uma tonalidade
vermelha brilhante por algum tempo, eu mesmo não tenho problemas para fazer tal
mudança. Serão distribuídos discos de segurança pessoal, de cor preta e
ornamentados com o triângulo prata com um lado direito duplo (símbolo da Casa
de Vonner) {N.T.- Em breve essas espaçonaves com esse símbolo, o Triângulo
prateado com duplo lado direito serão abertamente vistas nos céus da Terra}.
Eles
permitem acesso a várias partes da nave e permitem que se façam muitos tipos de
compras de qualquer um dos milhares de lojistas e vendedores encontrados em
áreas especificadas da nave. Em algumas áreas da nave o acesso são barrados por
campos de força. Esses campos não são prejudiciais nem provocam choques
elétricos; dão a sensação de uma lâmina de borracha látex.
Quanto
mais se tenta penetrar o campo de força, com mais força ele o repele. O campo
permite a entrada apenas se o disco mencionado anteriormente for programado
para permitir acesso além dele. Muitas áreas da Bonangrel estão repletas de
pessoas de muitos mundos da Federação que podem ser encontradas se misturando e
interagindo umas com as outras. Esses locais, onde se podem ganhar novas
experiências e considerável conhecimento, realmente excedem qualquer descrição
que eu pudesse dar. Mesmo assim, tentarei descrever essas áreas exóticas da
Bonangrel, bem como os muitos tipos de pessoas únicas e atividades que podem ser
encontradas nesses lugares.
O
Plano Térreo da Nave Mãe Bonangrel:
A
área de controle de voo da Bonangrel é de formato circular, com diâmetro de
228,6 m. Seu teto é um domo transparente de quase 26m de altura na parte
central. Essa cúpula escurece em certos pontos caso a intensidade de qualquer
fonte de luz externa seja maior do que a tolerância visual da pessoa. O
controle lembra um anfiteatro elevado por plataformas que se tornam mais
estreitas à medida que avançam do solo para o teto. Essas plataformas são
ocupadas por pessoas envolvidas tanto na operação exterior como interior da
nave, bem como por telepatas ligados à Federação e à casa de comércio de
Vonner.
O
acesso às plataformas é feito através do que se poderia chamar de escadas
rolantes. No centro do pavimento de controle situa-se uma torre com inúmeras
plataformas individuais com capacidade de se deslocar do solo até o alto da
estrutura, conforme o desejo de seu ocupante. Essas plataformas são ocupadas
pelo alto comandante da nave e seus representantes. Os responsáveis pela
movimentação e navegação do veículo também estão posicionados na torre central.
Mesmo nessa área muito ativa, o som fica em volume baixo, pois as ondas de som
que ultrapassem certo volume são totalmente absorvidas ou reduzidas em energia
antes de percorrerem 10m. As vozes dos que estão na torre podem ser ouvidas
fisicamente em todos os locais na área de controle, como se quem fala estivesse
a apenas 1,5m de qualquer ouvinte.
As
naves-mães de projeto mais recente são, na verdade, duas naves combinadas numa
só. A área de controle pode ser separada do outro veículo secundário funcional,
porém sem capacidade de dobrar. Isso permite que se possam realizar vários
tipos de missão. A seção de controle
pode entrar num sistema solar onde as massas totais das duas partes da Nave
Mãe, se estivessem reunidas, romperia o equilíbrio planetário. A porção de
controle de uma nave é intercambiável com a outra e as partes secundárias de
inúmeras naves podem ser deslocadas uma de cada vez para diferentes partes do
universo por uma unidade de controle ativa.
Leva-se
mais tempo para construir essas naves de controle com capacidade de dobrar, e a
produção está sempre atrasada em relação à construção do tipo secundário de
veículo. Muitos veículos que bloqueiam portões estelares normalmente não
possuem nave primária de controle com capacidade de dobrar a ela ligada. A nave
primária de controle acabará por desposar (ser designada para) uma dessas
noivas de longa data. Segundo o código de honra mais rígido, uma nave primária
de controle não se separa de sua companheira se a combinação estiver correndo
algum tipo de perigo físico.
Abaixo
da seção de controle primário encontra-se a seção de controle secundário. Essa
área também tem o formato de um anfiteatro, porém com diâmetro maior e altura
menor. O pessoal se dispõe em círculos concêntricos, estando no centro o
Monitor Zero de comando. As estações no círculo mais externo são ocupadas por
pessoas (vasculhadores psíquicos esperes) que lidam principalmente com a
segurança externa e interna da nave. Esse círculo externo de pessoas também
orienta qualquer contramedida militar que possa ser empregada para rechaçar
qualquer forma de ataque de forças hostis.
Indo
em direção ao centro, os doze círculos de pessoal reúnem telepatas em constante
comunicação com a casa de comércio de Vonner, no planeta Nodia, e a instalação
da Federação mais próxima. Suas conversas telepáticas tratam de grande número
de assuntos. Qualquer coisa que surja no curso dessas conversas telepáticas que
seja considerada importante é imediatamente relatada ao Alto Comandante (Zero)
e ao Monitor Zero da nave-mãe. A maioria dos círculos interiores é preenchida
por em primeiro lugar, engenheiros, depois escudeiros (assistentes), aprendizes
e os que atendem às necessidades físicas do pessoal em serviço. As áreas de
repouso se localizam abaixo das estações de pessoal. Minha amada Bonangrel não
possui uma seção de controle primário separável do resto da nave. Embora seu
pessoal de controle se distribua em dois níveis na mesma ordem descrita para o
tipo mais novo de nave-mãe. É difícil melhorar certos tipos de organização.
Exatamente
abaixo da superfície da quilha externa da nave situam-se importantes corredores
de transporte, alguns dos quais possuem portos de saída e de entrada para a
nave. Os veículos de transporte podem sair para o espaço, cruzar a superfície
da nave-mãe em alta velocidade e reentrar na nave em menos de um minuto depois
em seu destino desejado. Esses veículos robóticos (programados, não controlados
fisicamente) de transporte (pods) chegam a centenas de milhares e se parecem
com fagulhas elétricas se movendo em todas as direções concebíveis do lado de
fora da nave-mãe.
O
transporte externo como esse pode ser suspenso instantaneamente sob certas
condições. Pods de transporte se deslocando a velocidades mais baixas andam de
um lado para outro nos corredores internos e livremente nas partes superiores
dos vários pavimentos da nave-mãe. Alguns desses pavimentos têm 1.600 metros de
altura (uma milha). As paredes dos corredores de transporte da Bonangrel são
cobertas por sinais multicoloridos aparentemente sem sentido. Em alta
velocidade, esses sinais se fundem formando imagens de panoramas e de animais e
retratos de pessoas famosas.
Foto feita pelo
Hubble Space Telescope em infravermelho que captou a presença de um gigantesco
e estranho objeto camuflado nos anéis de Saturno.
Entre
os dois pavimentos superiores de controle da nave-mãe e os últimos dois ou três
imensos pavimentos em sua base há alojamentos que vão do mais utilitário ao
mais luxuoso e todos os outros tipos de instalações para sustentar todos os
estilos de vida universais conhecidos. Retornaremos a essas áreas depois que eu
descrever as partes inferiores da nave.
O
pavimento mais inferior da Bonangrel tem 563 km de diâmetro. Nesse pavimento,
até onde a vista alcança, encontram-se milhares de naves de guerra chamadas
Valions (equivalente à ave que vocês denominam águia). Essas naves variam em
tamanho de 91,4m a 205,7m de diâmetro. São empilhadas uma em cima da outra,
feito uma pilha de pratos. Quando armazenadas, os sistemas ativos de propulsão
dessas águias são conectados ao (alimentam o) sistema de propulsão principal da
nave-mãe, aumentando, assim, seu potencial de força de dobra.
As
tripulações dessas águias, enquanto em serviço, vivem a bordo delas, sendo
revezadas a cada quatro dias terrestres, aproximadamente. Essas naves de guerra
são chamadas a “ninhada” ou a “cria” da (Nave) Mãe. Quando em perigo, a
nave-mãe pode lançar toda sua cria em menos de cinco minutos. Faz isso inclinando
e recolhendo o pavimento abaixo das naves águias, como a abertura de uma
câmera.
Elas
automaticamente quebram sua conexão com o sistema de propulsão da nave-mãe,
sendo sugadas para o vácuo espacial, e a atmosfera total e qualquer conteúdo
solto da área de armazenagem é arrastado para o vazio do espaço. As naves se
dispersam e operam como unidades individuais de comando, mentalmente unidas ao
Monitor Zero da nave-mãe.
Uma
nave-mãe pode legalmente lançar sua cria depois de receber permissão para fazê-lo
da casa de comércio de Vonner, que primeiro recebe permissão da Federação,
seguindo uma “luz de orientação divina” favorável. É uma operação cara, pois são necessárias
várias semanas para restaurar novamente uma atmosfera habitável no imenso
pavimento de depósito. Se a nave-mãe for forçada a dobrar para fora da área e a
cria tiver de ser deixada para trás, seu componente de naves águias passa a ser
chamado de órfão.
Quando
eu era criança, em vidas anteriores, meus amigos e eu encontrávamos um prazer
brincalhão em entrar a toda em barreiras de campo de força, existentes em
determinadas áreas de Naves Mães, medindo nossa penetração pela distância a que
éramos repelidos para trás. Agora sinto igual prazer através dos olhos de
Dastremerkit, o mais corajoso dos jovens de hoje que fazem o mesmo, arrancando
rugidos dos tigres de dentes de sabre DENTRO da Bonangrel (sim nós preservamos
às espécies hoje extintas da Terra em alguns zoológicos que existem dentro de
algumas grandes Naves Mãe). Retornarei quando nossos três anéis se unirem uma
vez mais. Sou Mocalar de VITRON.